A modernização do Poder Judiciário está na ordem do dia a ponto de extenuar a paciência do povo. Excede-a porque, a despeito de tanto discurso, a velha crise só faz recrudescer. Não há, em verdade, por diversas razões, despontando entre elas a da cultura organizacional e a da ausência de um verdadeiro diálogo em torno do tema. Veja-se, por exemplo, a questão dos direitos autorais sobre obras jurídicas. A posição defensiva dos detentores desses direitos é de tal ordem que nunca se cogitou sobre o óbvio: a digitalização dos acervos da bibliotecas jurídicas pertencentes ao Poder Judiciário para, colocadas em linha, poderem ser consultadas por magistrados e suas equipes de assessores. Isso seria supimpa!
Imaginem se pesquisas no vasto cabedal do conhecimento jurídico, hoje refém dos livros enjaulados, esquecidos nas estantes, pudessem ser feitas, por qualquer gabinete e em todo o conjunto de bibliotecas, com a eficiência de um Google. Aliás o próprio Google, com o poder econômico que tem, ainda não logrou êxito em implementar o projeto Google Books Searh como originariamente concebido. Mas, Quixote, conclamo o Conselho Nacional de Justiça a considerar isso seriamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário